Na rua deserta de crianças, pelo fim das aulas, um
quadro mimoso chamou-me a atenção e o sorriso.
Pequena flor, espremendo-se entre a abertura do portão
e o muro, saiu do jardim para ver a rua.
Lembrava uma menina, que presa em casa pela mãe,
fugia-lhe aos cuidados para brincar.
Linda, graciosa, delicada ela deixava-se balançar de um
lado para o outro, ao sabor do vento suave, que lépido apresentou-se repetindo
o pedido tão comum entre as crianças: Quer brincar comigo?
Eu continuei meus passos lentamente, pensando em minha alma, que ao ver a sua, com a graça espontânea das crianças, convidou-a também para brincar de ser feliz. Ainda que fosse apenas um pouquinho...