quinta-feira, 20 de junho de 2019

Cio poético



E porque te vejo na Arte,
na nuvem ou na flor
que balança suavemente
na brisa outonal;

E porque te ouço no tamborilar
na chuva no telhado,
no ângelus melancólico e doce,
no trinado dos pássaros,
no rumorejar do riacho inquieto;

E porque te sinto na água tépida
que me cobre a pele num arrepio,
é que me derramo em versos,
em canções, num eterno cio...