Quando eu cheguei ali no salão grande, bem cedinho,
acreditando ser a primeira, ele já estava lá.
Sentadinho, discreto como sempre, quieto, a mão sobre a
testa, os olhos fechados, igualzinho ele fazia quando morava ainda aqui, bem
juntinho de nós.
Eu fiquei
mudinha, com a respiração presa, pra não “atrapaiá” o estado de prece daquele
homem tão amado por todos, principalmente os mais fracos, os mais necessitados
nesta vida!
Mas será que era ele “memo”, meu Deus?
- Uai, e por que não, Maria? Perguntou ele com aquela mineirice
de sempre.
- Chico, meu fio! É “ocê memo”, criatura?
- E tem outro?
- Ter, num tem não. Mas eu garro matutar aqui com as
minhas rezas e bentinhos: será que num tô caducando?
- Não tá não, Maria! Sou eu mesmo como diz o povo, em
carne e osso, mas agora em
espírito. Mas veja, minha irmã em Deus, vamos rezar juntos?
Vamos fazer uma prece na intenção dos que não chegaram ainda, porque nós
precisamos muito deles, né memo?
- Ô, Chico, mas eles “veve” dizendo que eles que
precisam de nós, meu fio! Como é isso?
- Essa é uma estrada de duas vias, Maria. É daqui pra
lá e de lá pra cá, esqueceu? Agora vamos aquietar o coração e deixar que eles
venham na companhia dos bons mentores, dos servidores de Nosso Senhor Jesus
Cristo.
Linda e emocionante a sua narrativa, amiga!
ResponderExcluirDu koroj plenaj de amo! La mondo bezonas tion!
ResponderExcluirTre bela.
ResponderExcluirQuerida Dirce...emocionante seus contos encantados...
ResponderExcluirParabéns
Querida Dirce.
ResponderExcluirEmocionante. Amei.