Há alguns anos eu participava de um projeto que levava
alimentos para a população de rua.
Durante o inverno, prevalecia uma sopa suculenta e tão cheirosa, feita com tanto carinho pelas tias da cozinha, que até a gente sentia vontade de tomar também.
Por questões de segurança no transporte e igualdade na divisão, o alimento era armazenado em latas de leite em pó vazias e devidamente higienizadas. Por isso era comum e permanente a campanha de doações do precioso vasilhame.
Como eu trabalhava numa escola de primeiro segmento onde o uso do leite em pó era diário para as crianças, informei à direção sobre o projeto e obtive a permissão para retirar as latas vazias.
Naquela tarde consegui algo em torno de trinta unidades, que acomodei em duas sacolas plásticas.
Aí o lado cômico da situação:
Ao entrar no ônibus, uma das sacolas se rompeu e foi uma barulhada daquelas!
A reação dos passageiros foi imediata:
- Ai, meu Deus!
- Que isso, gente?!
- O mundo tá acabando?
E eu, apesar do constrangimento, expliquei:
- Calma gente, são apenas latinhas vazias.
- Aí, galera, vamos ajudar a professora!
E foi um corre-corre danado, porque o ônibus em movimento fazia com que as benditas latas rolassem mais rapidamente e as pessoas não conseguissem retê-las, nem o riso e a pilhéria tão comum ao carioca que guarda também, um grande espírito de solidariedade.
Aparentemente um caso trivial e engraçado, porém com profunda lição de solidariedade humana.
ResponderExcluirSolidareco kaj bona humoro bone kombinighas.
ResponderExcluirKkkkk não sabia disso!
ResponderExcluirKkkkk não sabia disso!
ResponderExcluirKkkkk não sabia disso!
ResponderExcluirDirce minha querida, vc não existe.
ResponderExcluirVocê é D+ !
Impagável e único !
Só podia ser contigo !
Beijos.