Já viu um pintinho quebrando a casca e saindo do ovo?
Assim sou eu diante de ti.
Vou me revelando e te descobrindo tão lento o quanto me
permita a dilatação pupilar do ser.
Permita-me o palmilhar inseguro dos primeiros passos ao
teu redor, admirando-te, aprendendo a reconhecer-te para, afinal, reencontrar a mim mesmo.
Não me impeças os movimentos, ainda que te pareçam lentos
ou desajeitados.
Não deixes que eu me aborte, desviando a sorte, o
destino deste meu viver.
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