Rua 13 de Maio, Rio de Janeiro, 18 horas, fluxo intenso e em meio a
tantas vozes, uma se alteia, imperativa:
- Natã, aqui! Aqui, Natã, comigo!
Olho na direção da voz, pensando tratar-se de uma ordem
a um cão e, entretanto, era a um homem!
Um homem com uma deficiência severa.
Ela, sua mãe, talvez...
Ambos unidos pelo destino.
Ele, um tanto perdido em meio à rua, interrompera a
caminhada e olhava a banca de revistas repleta de capas coloridas, fotografias,
mil apelos, música, muitas vozes...
Mas aquela voz que se alteava entre as demais
lembrava-lhe a dependência, a obediência a uma mulher, bonita ainda, os cabelos
descoloridos pelo tempo, os sulcos profundos na face, sofrida por certo, mas
que autoritária, o direciona, tirando-o do seu devaneio momentâneo.
Trota até ela, que o pega pelo pulso, a guisa de uma
coleira talvez, e os dois seguem pelo Beco dos Poetas, diante do meu olhar que
me convida a refletir um pouco mais sobre o comportamento humano diante das
adversidades, venturas ou desventuras desta vida...
Este recorte do cotidiano, trazido pelo olhar de quem vê além do visível, também faz o leitor refletir sobre a matéria de que é feita a alma humana.
ResponderExcluirÉa vida, dores sofrimento, dedicação e amor.
ResponderExcluirÉa vida, dores sofrimento, dedicação e amor.
ResponderExcluirAmbos carentes, um de doar e o outro de receber, ou necessidade em manter sua autoridade e o outro em simplesmente obedecer....
ResponderExcluirPerfekta kronikajho pri la chiutaga tragikeco de la vivo. Oni vidas la scenon, kvazau che mallonga filmeto. Tia estas nia mondo.
ResponderExcluirAs dificuldades que todos enfrentamos no cotidiano . . . Seria muito bom c nós tentássemos nos ajudarmos mutuamente. O mundo seria bem melhor !
ResponderExcluirPar muitos a cena passaria despercebida emocionalmente, mas não para quem conhece as causas das ligações entre os destinos humanos,
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