Eu, ouvido colado ao chão, ouço o tropel desenfreado em
minha direção.
Sei quem são.
E me ponho de pé para recebê-las:
As palavras...
Chegam, apeiam e falam ou se calam,
e me derrubam,
e me levam ao pranto ou ao riso.
Umas são teatrais, outras, calmas.
Umas se vão e levam consigo pedacinhos de mim num
processo de polinização da vida que me permite o renascer em outros corações.
E se umas me fazem dormir, outras me convidam a sonhar.
Palavras...
E penso naqueles que não as conhecem
ou que conhecem apenas
as que ferem,
sangram
e matam.
Eu tenho penas deles.
Eu tenho pena delas.
Palavras...
...como viver sem elas?
Parabéns por esse belo e instigante Código! Como já lhe havia dito antes, é o melhor poema que você já fez! Maduro, requintado. Talvez gerado em uma grande dor.
ResponderExcluirGosto da sua linguagem Dirce, seu jeito simples e bonito nos faz refletir ...
ResponderExcluirVere bela, kun la beleco de profunda verajho. Kulturi la vorton, jen devo de chiu homo. Gratulon.
ResponderExcluirÔ Dirce! Eu já dirce que ocê prá mim é qui nem qui uma professôra di poesia, que nos transmite a arte de sentir...
ResponderExcluir[ verifique, por favor, o quase antepenúltimo verso: Eu tenho pena deles. ]